Capítulo 3 - Incrível

A hora chegou, estava tranquila com o fato de que iria sair com o Rafael, a Nathy por outro lado, ela estava um pouco nervosa por mim:

- Colocar esse, não esse, não coloca... -ela estava me jogando roupas demais-
- Se acalma Nathy, é apenas uma saída, se acalma -rimos-
- Você não sai com um garoto a tanto tempo, estou nervosa por você
- Eu sei, faz muito tempo mesmo, mas, é apenas isso, uma saída
- Tudo bem! Vou deixar você se arrumar -disse saindo do quarto-

 Escolhi um roupa perfeita para o lugar que irie levar o Rafael. Já havia tomado banho, comecei a me vesti , fiz minha maquiagem, estava totalmente pronta.
 Sai do quarto, quando cheguei no ponta da escada, desci cada degrau lentamente, e preparando minha mente, para guardar cada segundos, minutos, e horas desta noite.
 Chegando perto da porta Nathy me olho e ficou me olhando:

- Diz alguma coisa Nathy
- Você está linda
- Obrigada
- Mesmo com essas botas, você está  linda -ela juntou as próprias mãos- Minha pirralha vai ter um encontro, depois de anos
- Não começa a chorar, isso não
- Não vou chorar, só espero que se divirta -sorriu- E nada de andar a toda velocidade por ai
- Okay mamãe -rimos-
- Idiota, esqueci de avisar, ele está esperando por você lá fora -sorriu-

 Abri a porta e lá estava ele, com aqueles olhos azuis hipnotizantes, aquele sorriso que me tiravá o fôlego, ali estava o Rafael.
 Olhei para Nathy a mesma fez joinhas com as mãos e me desejo noa sorte, através de um pequeno sussurro, olhei para o Rafael, e caminhei até ele:

- Está linda como sempre
- Obrigada, você também está lindo
- Para onde vamos? -ele perguntou-
- Para um lugar especial
- Já levou muitas pessoas para este lugar ?
- Na verdade não, você será o primeiro -ele sorriu- Dá para você parar com isso ?
- O que eu fiz? -perguntou assustado-
- De sorrir assim, me deixa sem graça com esses olhinhos azuis
- Desculpe, não consigo parar
- Por que não?
- Quando estou com você é impossível para de sorrir e de te olha,  principalmente olhara para os seus olhos negros e misteriosos -sorri timidamente-
- Para com isso, você vai acabar me deixando vermelha
- Essa é a intenção -sorriu- Vamos?
- Claro -fomos até a minha moto- Está preparado Rafael?
- Estando com você, nunca vou estar preparado, afinal, você é cheia de surpresas

 Subimos na moto, dei um capacete para ele, liguei a moto, Rafael me segurou pela cintura, me fazendo ficar vermelha, mas graças ao capacete, ele na iria ver minha bochechas totalmente coradas.
 Comecei a dirigir, durante o caminho, Rafael e eu conversavamos, sobre várias coisas, como series, filmes e musica, quando chegamos no lugar, desliguei a moto, olhei para cima e tirando o capacete:

- Chegamos -olhei para ele- Você tem medo de altura?
- Um pouco -disse nervoso-
- Não terá mais, quando ver a vista lá de cima -sorri-

 Descemos da moto, fomos para atrás do edifício, subimos a escada de incêndio, subimos até o terraço do edifício,  quando chegamos lá em cima, ele estava nervoso. Me aproximei da berrada, mas ele me segurou, olhei para ele e ri:

- Se acalma não vou cair -segurei a mão dele- Vem aqui, tenho que mostrar isso para você
- Ella não, por favor, eu não vou conseguir olhar
- Claro que vai, estou aqui com você -sorri- Vem

 Puxei ele devagar, o mesmo estava com os olhos fechado,  quando ele estava do meu lado, continuei segurando a mão dele:

- Pode abrir os olhos
- Okay -ele abriu os olhos e sorriu- É incrível
- Gostou?
- Muito, nunca vi nada igual a isto. Nossa!
- Minha vida é repleta de mistérios -sorri timidamente- Vem comigo, preciso mostrar outros lugares

 Descemos do edifício, subimos na moto, e comecei a dirigir novamente, passamos por cada rua e avenida de São Paulo, me sentia livre com o Rafael, mostrei parques, praças e outros lugares lindos, chegamos na Avenida Paulista, estava totalmente iluminada, paramos em uma praça, desliguei a moto.
 Começamos a andar pela Avenida, conversando:

- Então essa é sua vida?
- Não, esses são meus lugares favoritos, mas o lugar que vou levar você agora, ninguém jamais viu
- Estamos esperando o que? -disse empolgado-

 Levei ele até o portão do lugar, chegando lá, ele olho para a enorme grade que protegia o lugar:

- Vamos?
- Está louca, esse lugar é protegido
- Medroso -fingi tossir-
- Repeti
- A desculp, medroso -pulei a grade- Você vem?
- Claro -ele pulou a grade- Vamos?
- Sim

 Levei ele até um parque, onde tinha um pequeno campo, me deitei bem no meio do campo :

- É aqui -sorri-
- Você é cheia de surpresas -disse se deitando ao meu lado-
- Aqui é o meu lugar, onde comecei a me aventuras, quando a vida me ensinou a viver -soltei um leve suspiro- Foi aqui que minha história realmente começou
- Por que me trouxe aqui? -ele perguntou-
- Porque confio em você, acho que deve fazer parte deste lugar
- Misteriosa, independente e surpreendente, qual lado seu preciso conhecer ?
- Muitos, mas por enquanto, você só conhecerá esses

 Conversamos a noite inteira, aparecia que o tempo não passava, mas ai é que está, eu não queria que passa-se tão rápido, queria que aquilo dura-se horas e horas.

 No dia seguinte

 Estava em casa, com as roupas de ontem, acho que voltei muito tarde para casa, olhei para o relógio, estava atrasada para faculdade, levantei rapidamente e romei um banho rápido, coloquei minha roupa , peguei minha mochila e sai correndo, peguei a moto e comecei a dirigir, chegando na faculdade, entrei correndo, consegui chegar a tempo, ainda bem.

(Rafael narrando)

 Ontem foi a noite incrível, acho que nada irá se comparar a ontem a noite, quem dera ter uma maquina do tempo para viver aquilo de novo, de novo e de novo.
 Estava com a galera na casa do Guilherme, todos estavam conversando e eu só conseguia penar na Ella, Daniel me chamou:

- Rafael, Rafael, acorda cara
- Oi? -disse ainda distraído-
- Deixa o cara, ele deve estar pensando na Ella -disse Felipe-
- E você pensando na Nathy -rimos-
- Como foi sua noite ontem? -perguntou Muca-
- Foi incrível... Quero dizer, foi legal
- Não finja que não gostou, sair com a Ella deve ser emocionante -disse Guilherme-
- Tem razão, é sim, ela é incrível -disse sorrindo-
- Por que não vai vê-la? -perguntou Daniel-
- Ela está na faculdade, combinamos de nos ver mais tarde
- Mas como foi ontem a noite? -perguntou Muca-
- Foi intenso, foi... não sei como explicar -soltei um suspiro- Sair com a Ella, é como uma aventura sem fim, uma surpresa entre vários jogos de mistério
- Acho que você anda assistindo muitas series -zombou Felipe-
- Cala à boca -rimos-

 Mesmo preenchendo minha mente com vários assuntos, não conseguia parar de pensar nela, simplesmente era impossível não pensar naquela garota, o que está acontecendo comigo?

CONTINUA...

Capítulo 2 - Não Pode

 Domingo chegou, estava mal, com uma dor de cabeça insuportável, queria apenas ficar deitada na cama, e não levantar mais. Me alonguei e fiquei em pé, como eu queria me jogar na cama novamente, mas tomei coragem, e abri a porta, desci, fui até a cozinha, estava distraída, abri a geladeira, peguei uma caixa de leite, fechei a porta, quando me virei, vi que todos que estavam na festa ontem, estavam dentro da minha cozinha, me assustei acabei deixando o leite cair :

- O-o-o-o que vocês estão fazendo a-a-a-aqui ? -estava gaguejando muito-
- Viemos buscar você, para ir conosco comer alguma coisa -disse o Muca-
- Alías, belo pijama -disse Rafael e todos riram-
- Que horas são ?
- Já são11:46 queridinha -disse Nathy-
- O QUE ? -corri para o meu quarto-

 Tomei o banho mais rápido em toda minha vida, sequei o cabelo, fiz uma maquiagem simples, e coloquei uma roupa simples, peguei meu capacete, e desci :

- Então... vamos ? -disse sorrindo-
- Não quer conosco na van ? -perguntou Adam-
- Não, prefiro minha moto
- Eu vou com você -disse Rafael-
- Tem certeza ? Não preciso de ninguém passando mal atrás de mim
- Eu aguento, vamos ? -disse pegando minha mão-
- Okay -sorri timidamente-

Peguei outro capacete para o Rafael, e subimos na moto, olhei para ele :

- Está preparado ?
- C-c-c-claro -ele estava gaguejando e me fez rir-
- Se quiser pode segurar em mim -sorri e coloquei meu capacete-

 Liguei a moto, senti o Rafael me abraçando pela cintura, sorri e dei partida. Fui seguindo a van, e sentia que o Rafa, estava tremendo, acelerei um pouco, e o mesmo gritou, ri da reação dele, e desacelerei, e senti que ele ficou tranquilo, e parou de me apertar.
 Chegamos no restaurante, e Rafael desceu da moto, totalmente petrificado, comecei a rir, e ajudei o mesmo a descer, coloquei os capacetes, dentro da van, e olhei para o Rafa :

- Você está bem ?
- Sim, estou ótimo, só um pouco tonto
- Acontece com todos na primeira vez
- Sério ?
- Quando andam comigo sim, se não for comigo a emoção não é a mesma, gosto da reação das pessoas, quando me vêem acelerar
- Você fez aquilo de próposito ?
- Claro que fiz, só acelrando, para você segurar em mim -pisquei para ele- Então, o que estamos esperando ? Estou morta de fome
- Vamos entrar -disse Thiago-

 Entramos no restaurante, jntamos algums mesas, e sentamos todos juntos, conversamos muito, mas estava sentindo que alguém estava me observando, olhei para todos, e vi que era o Rafael, apenas olhei para ele, e sorri timidamente e o mesmo sorriu. Nos encaravamos sem parar, não conseguia, evitar olhar para ele, parecia algum tipo de hímam, e ele estava sentindo o mesmo.
 Depois de comer, todos ficamos rindo, e brincando uns com outros, era divertido, até que o Rafa pede para trocar de lugar com a Nathy, que fez de bom grado, ele se sentou ao meu lado :

- Oi -disse ele-
- Olá
- Percebi que a senhorita não parava de me olhar
- Acho que sentimos o mesmo, então -rimos- Por que você ainda tenta ?
- Tento o que exatamente ?
- Tenta me conhecer, acha que será bom para nós dois isso tudo ?
- Só quero saber como descifrar cada olhar seu, sorriso e mania, preciso saber mais sobre você
- Por que ?
- Curiosidade, gosto de ler um bom livro
- Acha que sou um livro ?
- Não exatamente, você está mais para um diário
- Entendo, acha que tem alguma história em mim, que espera para ser lida
- Acho, mas não é apenas uma ou duas histórias, e sim sua verdadeira história
- O que acha que ganhara com isso ?
- Não sei, acho que ganharei o que desejo agora
- O que seria ?
- Um beijo
- Você deveria ler o livro primeiro, não sabe se é bom ou ruim
- Sinto que seja os dois
- Bom, espero que goste da história, pois você participara muito dela -sorri-

 Levatamos e fomos todos embora, desta vez quem veio comigo na moto, foi a Nathy, levei ela para casa, e a mesma me olhava estranho :

- O que foi ? -perguntei para ela-
- Você e o Rafael, quem diria hein
- Para, só estavamos conversando
- Todos perceberam a quimica entre vocês dois, e isso não é nenhum segredo
- Não vamos ficar juntos
- Claro que vão, os olhares calorosos entre vocês, poderiam colocar fogo naquele restaurante
- Para Nathy, ele é legal, gostei dele, mas não vai acontecer nada além de amizade
- Tem certeza ? As vezes o destino nos supreende -ela sorriu e foi em direção a porta de casa- Beijinhos gata -gritou-

 Comecei a rir, e liguei a moto, e dirigi até em casa, quando cheguei, minha mãe estava em casa, coloquei a moto na garagem,e entrei em casa com os capacetes :

- Oi mãe
- Oi filha, venha aqui -pulei no sofá ao lado dela-
- Você chegou cedo
- Pois é, tenho uma novidade
- Qual seria ?
- Pedi demissão do emprego
- O que ? Por que ?
- Porquê estou cansada, trabalhei demais, agora vou descansar um pouco
- É, você merece mãe -sorri- Bom, vou me arrumar
- Onde vai ?
- Vou dormir na casa da Nathy, lembra ?
- Lembro, mas queria tanto passar um tempo com você minha filha
- Eu também mãe, mas amanhã tenho faculdade, e você sabe, é mais fácil para mim, ir com ela
- Tudo bem! Espero você aqui amanhã
- Okay, beijos mãe

 Subi para o meu quarto, e arrumei minhas coisas, peguei meu celular, e haviam 4 ligações perdidas, eram todas do Rafael, o Muca está certo, uau! Pela primeira vez, errei sobre algo. Peguei minha mochila e desci, minha mãe estava na porta :

- Se comporte, e nada de sair hoje a noite, você tem prova amanhã
- Eu sei mãe, vou estudar mais um pouco hoje, nada de balada
- Espero não ter reclamações suas na faculdade
- Não se preocupe, não vai -sorri- Tenho que ir, tchau mãe -dei um beijo em sua testa-
- Tchau filha!

 Fui para a garagem e peguei a moto, dei partida e dirigi até a casa da Nathy, quando cheguei, ela estava conversando com o Felipe em frente à casa dela, desliguei a moto e fiquei apenas observando.
 Eles se despediram, Felipe entrou no carro e foi embora, desci da moto, fui em direção da Nathy :

- Felipe ? Sério? -perguntei-
- Não é nada, só estávamos conversando
- Sei -olhei bem para ela- Vem, temos que conversar muito -rimos-

Entramos, coloquei minha mochila na sala, a Nathy tem 21 anos, ela é três anos mais velha que eu, já possuí casa própri, me joguei no sofá, Nathy fez o mesmo no outro sofá :

- Felipe e Rafael, quem diria, garotos que conhecemos ontem, mexeram tanto com nós duas
- Eu estou normal, o Rafael não passa de um amigo comun, você e o Felipe quem diria
- Ele veio aqui, para me convidar para sair
- Nathy e Felipe sentados em uma árvore... -ela jogou uma almofada em mim-
- Cala à boca, idiota -rimos-
- Eu acho que vocês dois, formariam um belo casal
- Acha ?
- Sim, do jeito que a coisa vai, vão acabar entre lençóis
- Sua pervertida
- Não sou pervertida, apenas maliciosa
- Mas e você? Vai dar uma chance para o Rafa?
- Acho que ele não aguentaria viver comigo, sou aventureira demais, gosto do perigo e ele... Bom, gosta de tranquilidade e galera unida
- É verdade -ela olhou para o relógio-  Está na hora de ir dormir, amanhã faculdade
- Você em Designer e eu fotografia
- Pois é, mas o bom é que nos vemos todos os dias -sorriu-
- É -sorri- Vamos dormir

Subimos para o quarto, fui tomar banho no banheiro do quarto de hóspedes, coloquei meu pijama e me deitei, peguei o celular e havia 2 ligações perdida,  eram do Rafael, sorri por saber que ele queria me conhecer de qualquer jeito, mesmo não sabendo da minha história.

 No dia seguinte.

 Eu e Nathy levantamos juntas, nos arrumamos juntas, peguei minha mochila,  estava vestida e pronta para sair, a Nathy, nem tanto:

- Vamos Nathy, temos que ir logo
- Estou indo -ela estava descendo de salto-
- Você vai para a faculdade, não para uma balada
- Nunca se sabe -sorriu- Vamos?
- Vamos

 Saímos, colocamos as mochilas no banco de trás, entramos no carro e fomos para a faculdade.
 Chegando na faculdade, olhei para a porta, e vi o Rafael e o Felipe, saímos do carro, peguei minha mochila e olhei para Nathy:

- O que eles estão fazendo aqui?
- Eu não sei, mas gostei de vê-los aqui -disse Nathy toda empolgada-
- Sinto que isso vai demorar muito para passar
- Não quero que passe tão rápido
- Vamos lá?
- Vamos -disse Nathy sorridente-

 Caminhamos em direção aos dois, e os mesmo estavam conversando, quando nos viram sorriram:

- O que vieram fazer aqui? -perguntei-
- Queríamos ver vocês -disse Rafael-
- Também queríamos ver vocês -disse Nathy-
- Eu vou entrar, tenho que arrumar minha câmera -quando passei por eles, alguém me segurou-
- Queria perguntar uma coisa a você? -disse Rafael-
- O que seria?
- Bom, acho que você já esperava isso, mas, não gostaria de sair comigo
- Sair para onde?
- Para qualquer lugar, onde você quiser ir, vou com você
- Tem certeza disso Rafael?
- Absoluta -sorriu-
- Me encontre aqui às 19:00, não se atrase
- Tudo bem, estarei aqui
- Se prepare para uma noite inesquecível
- Não vou perder nenhum minuto dela
- É... Acho melhor nós irmos -disse Felipe-
- Nós também vamos
- Até mais tarde Nathy -disse Felipe dando um beijo na bochecha dela- Até breve Ella
- Até breve Felipe -sorri-
- Nos vemos às 19:00 -me deu beijo no canto da boca-
- Até logo -falei sem reação-

 Acho que tudo isso não passa de um sonh,  como alguém pode querer conhecer tanto uma gaeora como eu, não é possível, esse garoto não pode ser real, não pode

Capitulo 1 - Tempo Desafiador

 Chuva, apenas isso, pingos e mais pingos de chuva, caindo sobre os vidros do carro, onde eu me encontrava hipnotizada, pelas inumeras canções que vinham de dentro da minha confusa e estranha mente, canções que soavam como uma trilha sonora, de um filme, que só era assistido por mim.

 Eu estava voltando para casa, junto de minha mãe, ela estava dirigindo e reclamando da chuva, isso me irritava, cada palavra que saia da boca dela, que se referia ao tempo de hoje, estava me tirando do sério, mas infelizmente, eu tinha que escutar, pois meu fone de ouvido, quebrou e meu celular estava descarregado, e no carro, não havia rádio, que triste não ?...

- Porra, essa chuva não para nunca, vamos nos atrasar -disse minha mãe-

-Nos atrasar para que exatamente ? -perguntei-

- Temos que ir na casa de uma amiga 

- Por que eu tenho que ir junto ? Não pode ir sozinha ?

- Onde eu vou você vai, pois eu sou sua mãe 

- Eu tenho 18 anos, sou adulta 

- Mesmo assim, eu não quero que fique em casa sozinha

- Então me leva para a casa da minha tia, prefiro mil vez ficar lá, ao invés de ir para casa da sua amiga

- Está de mau-humor ?

- Não, apenas quero ficar na casa de pessoas que eu conheço, e que me conhecem, e não de uma amiga sua, para ficar apenas escutando conversas e mais conversas sobre a vida de vocês

- Você vai comigo! -disse minha mãe com a voz firme-

- Não, eu não vou! -respondi com firmeza-

-Então desce, e vai para casa sozinha, já que sabe cuidar de si mesma -ela parou o carro e abriu a porta- Anda! Vai para casa 

- Se é assim que você quer, mamãe -sai do carro e bati a porta com força-

 Comecei a andar pela ruas escuras de São Paulo, em plena zona norte, estava perdida, passava por pessoas estranhas, que me encaravam com pena e algumas com más intenções, eu apenas passava olhando para a frente, tomando chuva.

 Cheguei no ponto de ônibus, esperando algum que fosse para o mêtro mais próximo, fiquei horas e horas esperando, não estava com o celular, não tinha nenhum meio de comunicação, estava morrendo de fome, e cansada demais para andar mais, até que o ônibus chegou, pelo menos estava com a minha bolsa. Subi no ônibus e paguei o cobrador, e passei pela catraca, sentei em um banco perto da porta, olhei para a janela, fiquei olhando por horas, e pensando na briga com a minha mãe, estava me sentindo um pouco mal, mas mesma assim, não daria o braço a torce.

 Cheguei em casa, entrei e olhei para a sala, ela estava lá assistindo televisão, quando cheguei no pé da escada, ela me chamou :

- O que ?

- O que vai fazer sem isso ? - me motrou meu celular-

- Pode ficar para você, tenho notebook para isso 

- Você está muito levada, acha que pode falar assim comigo ? -disse levantando-

- Não estou sendo levada, apenas estou respondendo sua pergunta

- Me respondendo assim, você vai acabar me obrigando a tomar uma atitude desnecessária 

- Eu sei que não sou fácil, mas aguentar algumas atitudes suas, não é fácil também 

- Eu sei que não conversamos tudo, mas não precisamos nos tratar assim 

- Concordo, então me devolve meu celular, assim posso descansar tranquilamente

- Mas antes, você tem que comer alguma coisa 

- Bem lembrado, estou morrendo de fome -rimos juntas- Me desculpa mãe 

- Me desculpa também filha - abracei ela e fomos para a cozinha-

 Minha mãe fez o jantar, comemos, peguei meu celular e subi para o meu quarto, coloquei para carregar, depois fui direto para o chuveiro, me senti bem relaxada. Assim que terminei de me banhar, coloquei meu pijama, e liguei meu notebook, comecei a conversar com as minhas amigas, e conversei tanto, quando olhei para o relógio eram 02:43 da madrugada, desliguei o notebook, e me deitei.

 No dia seguinte...

 Acordei 09 horas da manhã, com a luz do sol batendo contra o meu rosto, levantei, peguei meu celular e desci para tomar café, a Rosa já estava em casa 

- Bom dia Ella

- Bom dia Rosinha, como foi sua semana ?

- Boa, a sua deve ter sido cansativa, ou estou errada ?

- Esta certa, trabalhos e mais trabalhos, fiz todos essa semana, e estou cansada, pensei seriamente em matar meus professores 

- Não faça isso querida, eles fazem a diferença na vida de cada aluno 

- Mesmo assim Rosinha, eles não um porre -rimos-

- Você é inacreditável 

- Eu sei -sorri- O que tem para o café ?

- Pão de queijo, café e entre outras coisas, pode escolher 

- Tudo bem! Obrigada Rosinha 

 Sentei no baquinho do balcão da cozinha, comecei a comer e meu celular tocou, era minha melhor amiga :

- Ligação-

- Oi Nathy

- Rafa, você tem que vir aqui 

- O que ? Por que ?

- Tem uma festa, hoje, temos que ir 

- Só você para me tirar de casa, em pleno sabádo -ri-

- Mas e aí, vamos ?

- Claro, que horas ?

- 18 horas aqui, não se atrasa 

- Okay, vou estar ai 18 horas 

- Fica gata, beijos 

- Tudo bem, beijos -ri-

-Ligação encerrada-

 Liguei para a minha mãe, avisei sobre a festa, ela permitiu, com o pé atrás, mas permitiu, separei minha roupa, confirmei com as meninas. Tomei banho, coloquei minha roupa de ficar em casa, desci, para almoçar, já eram 12:58, almocei, assisti um pouco de televisão, olhei para o relógio, eram 15:39, subi correndo, tomei banho, sequei meu cabelo, fiz minha make, coloquei minha roupa, mas não ficou legal, troquei de roupa de novo, de novo, de novo e de novo, até que encontrei a roupa perfeita, coloquei, e disse para mim mesma :

- É essa! -sorri-

 Coloquei a roupa , desci, quando a Rosa me viu, ficou sem palavras :

- Gostou Rosinha ?
- Você está linda, mas está parecendo as garotas do meu bairro, elas andam assim
- Eu tenho meu próprio estilo, elas que me copiam
- Mesmo assim, você está linda, e espero que se divirta
- Eu vou Rosinha, pode apostar -sorri-
- Mande um beijo para a Nathália
- Pode deixar, Rosa, onde você colocou o meu capacete ?
- Está na garagem, do lado da sua moto
- Okay, obrigada Rosinha, até amanhã -disse saindo-

 Tranquei a porta da frente, me dirigi até a garagem, e peguei minha moto, coloquei o capacete, subi na garupa, e dei partida. Dirigi até a casa da Nathy, a mesma estava me esperando na frente de sua casa, parei a moto na frente dela :

- Eu não vou subir nisso, estou de salto
- Eu também estou, mesmo assim não estou reclamando
- Eu estou de vestido -revirei os olhos-
- Vai no seu carro, eu vou de moto
- Tudo bem! -ela disse indo até seu carro- Cuidado, para não se perder
- Estarei bem atrás de você -liguei a moto-

 Ela deu partida, e eu a segui, estavamos chegando no local da festa, quando chegamos, ela me avisou buzinando, paramos, e a mesma saiu do carro :

- Chegamos
- É aqui ?
- Sim -disse sorrindo- Desce logo dessa moto
- Quem é o dono da festa ?
- Um amigo meu, agora desce da moto e vamos entrar
- Vou prender minha moto primeiro, calma, estressada

 Desci da moto, prendi a mesma em um poste de luz, coloquei meu capacete, dentro do carro da Nathy, e entramos na festa, estava muito agitada, muitas pessoas dançando, soando, se pegando.  Começamos a andar em direção do bar :

- Uma vodka com gelo por favor -pediu a Nathy ao barman-
- E você o que vai querer ? -me perguntou o barman-
- Vou querer um whisky duplo por favor -ele afirmou com a cabeça-

 Fiquei olhando toda aquela gente, dançando e se beijando, só conseguia pensar em como aquilo havia se tornado comun para mim, mas, ainda os via como completos estranhos, que só queriam estar ali, por apenas uma noite, apenas uma.
 Nathy levantou e foi correndo abraçar um cara que não me era muito estranho, ela me chamou, peguei meu copo, que o barman havia me dado, bebi um pouco e fui em direção à eles :

- Ella, esse é o Samuel, meu grande amigo
- Prazer em conhece-lá Rafaella
- Me chame de Ella, assim é mais fácil
- Okay, estou vendo que estão bebendo já
- Sim, você me conhece Muca, não dispenso uma boa vodka -disse Nathy rindo-
- Bom, eu vim aqui convidar vocês, para ficarem na área VIP comigo e alguns amigos, o que acham ?
- Eu topo -Nathy respondeu sem exitar-
- E você Ella, nos acompanha ? -disse Samuel, me esticando a mão-
- Claro, vamos -virei meu copo de whisky e segurei a mão dele-

 Subimos uma escada, que daria direto na área VIP, quando chegamos, haviam muitos garotos, e umas 3 ou 4 garotas, nos aproximamos, e Samuel nos apresentou a todos eles :

- Galera! Essas são Nathy e Ella -todos nos comprimentaram- Meninas, esses são, Felipe, Rafael, Thiago, Adam, Guilherme, Daniel e Ricardo
- Olá meninos -disse Nathy-
- E as garotas são, Gabriela, Paola, Karen e Laura -ele apresentou as garotas-
- Vocês parecem ser legais -disse a Nathy-
- E somos -afirmou Daniel-

 Ficamos conversando por horas e bebendo, quando senti que a Nathy estava começando a beber demais, peguei o copo da mão dela, e a levantei :

- Vamos, está na hora de ir pra casa
- Mas já ? -disse ela meio enrolada- Está cedo
- Cedo ? Já são 01:22 da madrugada, vamos
- Mas como eu vou dirigir assim ?
- Você se vira, quem mandou beber 6 copos de vodka
- Eu levo ela -disse Samuel- Mas se ela veio de carro, você veio como ?
- Vim de moto
- Você tem uma moto ? -perguntou Rafael-
- Sim -olhei para ele, e fiquei hipnotizada por aqueles olhos azuis- Bom, vamos
- Você está bem para dirigir ? -perguntou ele novamente-
- Sim, sei cuidar de mim, já sou bem grandinha, não acha ?
- Acho, mas tome cuidado
- Vou tomar, não se preocupe -sorri-

Samuel pegou a Nathy no colo, e saímos da festa, quando chegamos no carro dela, colocamos a mesma, no banco de trás, peguei meu capacete, e fui até minha moto, quando liguei a mesma, alguém me chamou :

- Espera, Ella espera -era o Rafael-
- O que foi ?
- Me passa seu número de telefone
- Pra que ?
- Quero manter contaro com você
- Mas você não me conhece, por que quer meu número ?
- Preciso conhecer você melhor -sorriu-
- Precisa ? Por que quer tanto me conhecer ?
- Acho que...vale a pena conhecer uma garota tão independente
- Me acha independente ?
- Acho, forte também, corajosa
- Corajosa ?
- Para dirigir uma moto, a pessoa deve ser corajosa, não acha ?
- Sim, mas isso não me torna corajosa, apenas desafiadora
- Desafiadora ?
- Sim, gosto de me desafiar, espero sempre o melhor desafio da vida
- Então é uma aventureira ?
- Posso dizer que sim -sorri-

 Samuel buzinou, olhei para o Rafael, peguei o celular dele, e coloquei meu número, tirei uma foto minha e coloquei no contato, anotei o número dele no meu celular e tirei uma foto dele :

- Pronto, não espere que eu ligue para você -sorri e liguei a moto novamente-
- Acredite, não vou esperar -sorriu e se afastou-
- Espero vê-lo novamente
- Acredite, vai ver

 Coloquei meu capacete, e parti. Segui o carro até a casa da Nathy, quando chegamos, desci da moto, e ajudei o Samuel a tirar a Nathy do carro, colocamos ela dentro de casa, deixamos a mesma no sofá e fomos embora :

- Ela vai ficar bem ? -perguntou Samuel-
- Sim, vai acordar com uma dor de cabeça infernal, mas vai ficar bem
- Bom, tenho que ir, é um caminho longo até em casa
- Tenho que ir também, amanhã tenho coisas para fazer
- O Rafa, gostou bastante de você
- Não gostou nada, só me achou uma presa fácil
- Não, ele gostou mesmo de você
- Não diga bobagens
- Vamos fazer assim então, se ele não ligar amanhã, você está certa
- Onde quer chegar com... -ele me interrompeu-
- Espere! Mas se ele ligar amanhã, eu estou certo
- Bom, dúvido muito que esteja certo, mas...tudo bem! Vamos ver amanhã -coloquei o capacete- Até breve Samuel
- Por favor me chame de Muca
- Okay, Muca, até breve
- Até breve Ella

 Liguei a moto e dei partida, fui para casa, quando cheguei, minha mãe ainda não havia chegado, então guardei a moto na garagem, e entrei em casa. Subi para o meu quarto, tirei minha roupa e tomei um banho. Predi meus cabelos, retirei a maquiagem, e deitei em minha cama.
 Mais uma noite sem próposito, mas com uma descoberta imensa, mas será que está noite ficará marcada ou será apenas mais uma noite vaga ? As vezes o tempo me supreende, trazendo com ele, um desafio incrível e curioso.

CONTINUA...

Introdução

Olá leitor! Você deve ser novo(a) aqui, então, vamos direto ao ponto, sem cortes.


Isso que você irá ler neste blog, é na verdade, um pequeno resumo da minha vida, onde você, simplesmente, se tornara a Ella.
Meu nome é Rafaella, mas alguns me chamam de Rafa, outros de Ella, mas aqui eu serei apenas Ella, você participará de pequenas situações da minha vida, onde passei por coisas que qualquer pessoa, poderia passar, ou passou, acho que você se identificará com a minha personagem. ¨Personagem ? Como assim ?¨. Sim personagem, aqui quem vai viver, pensar e passar pelas situações é VOCÊ.
Cada uma dessas situações, são pedacinhos de partes minhas, então, espero que goste. Mas, já vou logo avisando, tudo é estranho, a cidade, as pessoas, os lugares, casa, ruas, avenidas e inclusive você.

BEM-VINDO ESTRANHO